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domingo, 30 de janeiro de 2011

Os católicos e a Virgem Maria

Por que os católicos adoram a Maria? Somente se deve adorar a Deus.

Antes de tudo, terá que dizer que os católicos não adoram à Virgem Maria. O culto que lhe professamos não é adoração, posto que esta corresponde unicamente a Deus. Os católicos veneram a Santa Maria, porque Ela é a mulher a quem Deus escolheu para que fora a Mãe de Cristo. Quer dizer, Maria não é uma pessoa qualquer, é a Mãe do próprio Deus. Recordemos a passagem da visitação:
"E aconteceu que, assim que Isabel ouviu a saudação de Maria, saltou de gozo o menino em seu seio, e Isabel ficou cheia de Espírito Santo; e exclamando com grande voz, disse: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de seu seio. »" (Lc 1, 41-42)
Isabel chama Maria "Bendita és tu entre as mulheres", e a chama deste modo por inspiração do Espírito Santo, do qual se enche logo depois de escutar a saudação de Maria. E a Virgem mesma diz nos seguintes versículos:
"E disse María: «Minha alma engrandeçe o Senhor, e meu espirito exulta em Deus meu Salvador, porque olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem aventurada." (Lc 1, 46-48)
María é bem-aventurada pelo fato de ter sido escolhida Por Deus para levar o Salvador em seu seio, e por isso os católicos a chamam assim durante "doravante as gerações". O respeito e veneração que professam os católicos à Santíssima Virgem têm, portanto, bases bíblicas sólidas.
Maria não é mãe de Deus, é somente mãe de Cristo. Não pode ser mãe de Deus porque Deus é infinito e eterno, e Maria não.
Isabel, na passagem da visitação, chama a Maria "A mãe de meu Senhor" (Lc 1, 43). Certamente, o Senhor é Jesus, quem é Deus mesmo. Se aceitarmos que Maria é verdadeira e realmente mãe do Senhor Jesus, então Ela é, portanto, verdadeira e realmente Mãe de Deus, já que o Senhor Jesus é Deus mesmo. Pretender que Maria é mãe "somente" do corpo físico do Senhor é absurdo. O Senhor Jesus é uma pessoa completa. Pretender separar sua divindade e sua humanidade é absurdo, e é uma heresia conhecida como nestorianismo, que diz que há duas pessoas separadas em Cristo encarnado: uma divina (o filho de Deus) e outra humana (o filho de Maria). A heresia foi condenada e a doutrina esclarecida no Concílio de Efeso no ano 431.
Logicamente, a divindade do Senhor Jesus não provém de Maria, mas não por isso ela deixa de ser verdadeiramente Sua Mãe. O mesmo acontece conosco: a alma imortal que cada um de nós possui provém diretamente de Deus, mas isso não significa que minha mãe não seja verdadeira minha mãe. Terá que recordar que foi vontade do Senhor o haver-se encarnado em uma mulher, e que essa Mulher fosse sua Mãe. Deus não necessitava uma Mãe, mas quis atuar assim em seu plano de Salvação, e por sua Vontade Maria foi escolhida como Mãe de Deus "porque nada é impossível para Deus" (Lc 1, 37)
Maria é chamada "intercessora", o qual é antibíblico, segundo 1 Tim 2, 5 que diz "Porque há um só Deus, e também um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus"
A Igreja Católica nunca ensinou que María ocupa o lugar do Senhor Jesus, justamente o contrário. A Igreja proclamou sempre que Cristo é o único caminho para chegar ao Pai, e que só por Ele é que somos reconciliados. Por isso, e neste sentido, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, o único no qual Deus e o homem são reconciliados.
Entretanto, há outro sentido da palavra "mediador". Por exemplo, se pedir a alguém que ore por ti, então essa pessoa está "mediando" ou "intercedendo" por ti ante Deus. Neste sentido, qualquer pode interceder ante Deus por outra pessoa, e isto em nada obscurece ou diminui a mediação e a reconciliação trazida por Jesus Cristo, justamente o contrário. E é neste sentido que dizemos que Santa Maria é intercessora, e o é por excelência, já que é a que mais esteve unida ao Verbo Encarnado, sendo sua própria Mãe.
Há algum exemplo no qual Santa Maria tenha intercedido por alguém mais nos Evangelhos? A resposta encontramos na passagem das bodas de Caná:
" No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava aí.  Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos. Faltou vinho e a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm mais vinho!"  Jesus respondeu: Mulher, que existe entre nós? Minha hora ainda não chegou."  A mãe de Jesus disse aos que estavam servindo: "Façam o que ele mandar." Havia aí seis potes de pedra de uns cem litros cada um, que serviam para os ritos de purificação dos judeus.  Jesus disse aos que serviam: "Encham de água esses potes." Eles encheram os potes até a boca.  Depois Jesus disse: "Agora tirem e levem ao mestre-sala." Então levaram ao mestre-sala. Este provou a água transformada em vinho, sem saber de onde vinha. Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água. Então o mestre-sala chamou o noivo e disse: "Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora." Foi assim, em Caná da Galiléia, que Jesus começou seus sinais. Ele manifestou a sua glória, e seus discípulos acreditaram nele." (Jo 2, 1-11)
A passagem não é uma simples anedota do Evangelho, é o primeiro milagre do Senhor Jesus. João diz que foi aí onde Ele começou seus sinais e manifestou sua glória. Maria se dirige ao Senhor, expressando sua preocupação pelos noivos com as palavras "Não têm vinho", e espera dEle uma intervenção que resolva. A aparente negativa do Jesus não é mais que isso, aparente. Maria, que confia em seu Filho, deixa- toda a iniciativa a Ele, dirigindo-se aos empregados e convidando-os a fazer o que Ele lhes disser. E sua confiança é recompensada. O Senhor obra o milagre, transformando a água em vinho. A intervenção da Santa Maria no primeiro milagre de seu Filho não é acidental. A passagem das bodas de Caná põe em destaque o papel cooperador de Maria na missão do Senhor Jesus.
Maria teve outros filhos. Na Bíblia se fala claramente dos "irmãos de Jesus" (MT 12, 46; MT 13, 55; Mc 3, 31, etc.)
A palavra grega que se utiliza para designar aos irmãos de Jesus é "adelphos", e tem distintos significados: irmão de sangue, companheiros, compatriotas, etc. Nenhum dos Evangelhos menciona outros filhos de Maria como tais. Por outro lado, a resposta de Santa Maria ao anjo "«Como será isto, se não conheço varão?»" (Lc 1, 34) quando lhe anuncia que vai conceber um filho, não podem entender-se se María não tivesse tido a intenção de permanecer virgem, pois nesse momento já estava desposada com José (Lc 1, 27). "Conhecer" neste caso significa ter relações sexuais íntimas. Se Maria tivesse pensado em ter relações com José, o fato de que o anjo lhe anuncie que vai ter um filho lhe teria parecido conseqüência natural de seu matrimônio, com o qual não tivesse dado essa resposta.
O Evangelho também diz que Jesus é o filho primogênito da Maria (Lc 2, 7) e alguns pretendem ver nisto uma prova de que Maria tinha outros filhos. Entretanto, a palavra "primogênito" somente faz referência ao primeiro nascido, e não de se tiver ou não tem irmãos.
Maria não foi virgem depois do parto. No Lc 1, 25 se lê "E não a conhecia até que ela deu a luz um filho, e lhe pôs por nome Jesus.", O que implica que depois de que Maria deu a luz a Jesus teve relações com o José.
A palavra "até" neste caso, quer ressaltar o simples feito de que José não teve relações com a María antes que ela desse a luz a Jesus. Não implica de nenhum modo que José tivesse relações com a María após o nascimento de Cristo.


Autoria do texto :

ACI DIGITAL (Antiga Agência Católica de Informações (ACI) na América Latina) pertence à Federação Internacional de Agências Católicas (FIAC) e, como tal, é membro da União Católica Internacional de Imprensa (UCIP).

OS DEVERES DOS MEMBROS FAMILIARES

Apresentamos nesta postagem, o que a Igreja oficialmente descreve sobre os deveres de cada um dos membros da familia

Fonte : Catecismo da Igreja Católica

Site : http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap2_2196-2557_po.html






Deveres dos membros da família

DEVERES DOS FILHOS

2214. A paternidade divina é a fonte da paternidade humana (10); nela se fundamenta a honra devida aos pais. O respeito dos filhos, menores ou adultos, pelo seu pai e pela sua mãe (11) nutre-se do afecto natural nascido dos laços que os unem. Exige-o o preceito divino (12).
2215. O respeito pelos pais (piedade filial) é feito de reconhecimento àqueles que, pelo dom da vida, pelo seu amor e seu trabalho, puseram os filhos no mundo e lhes permitiram crescer em estatura, sabedoria e graça. «Honra o teu pai de todo o teu coração e não esqueças as dores da tua mãe. Lembra-te de que foram eles que te geraram. Como lhes retribuirás o que por ti fizeram?» (Sir 7, 27-28).

2216. O respeito filial revela-se na docilidade e na obediência autênticas. «Observa, meu filho, as ordens do teu pai, e não desprezes os ensinamentos da tua mãe [...]. Servir-te-ão de guia no caminho, velarão por ti quando dormires, e falarão contigo ao despertares» (Pr 6, 20.22). «O filho sábio é fruto da correcção paterna, mas o insolente não aceita a repreensão» (Pr 13, 1).
 
2117. Enquanto viver na casa dos pais, o filho deve obedecer a tudo o que eles lhe mandarem para seu bem ou o da família. «Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, porque isto agrada ao Senhor» (Cl 3, 20) (13). Os filhos devem também obedecer às prescrições razoáveis dos seus educadores e de todos aqueles a quem os pais os confiaram. Mas se o filho se persuadir, em consciência, de que é moralmente mau obedecer a determinada ordem, não o faça. Com o crescimento, os filhos continuarão a respeitar os pais. Adivinharão os seus desejos, pedirão de boa vontade os seus conselhos e aceitarão as suas admoestações justificadas. A obediência aos pais cessa com a emancipação: mas não o respeito que sempre lhes é devido. É que este tens a sua raiz no temor de Deus, que é um dos dons do Espírito Santo.

2218. O quarto mandamento lembra aos filhos adultos as suas responsabilidades para com os pais. Tanto quanto lhes for possível, devem prestar-lhes ajuda material e moral, nos anos da velhice e no tempo da doença, da solidão ou do desânimo. Jesus lembra este dever de gratidão (14).
«Deus quis honrar o pai pelos filhos e cuidadosamente firmou sobre eles a autoridade da mãe. O que honra o pai alcança o perdão dos seus pecados e quem honra a mãe é semelhante àquele que acumula tesouros. Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos e será ouvido no dia da sua oração. Quem honra o pai gozará de longa vida e quem lhe obedece consolará a sua mãe» (Sir 3, 2-6).
«Filho, ampara o teu pai na velhice, não o desgostes durante a sua vida. Mesmo se ele vier a perder a razão, sê indulgente, não o desprezes, tu que estás na plenitude das tuas forças [...]. É como um blasfemador o que desampara o seu pai e é amaldiçoado por Deus aquele que irrita a sua mãe» (Sir 3, 12-16).
2219. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar; engloba também as relações entre irmãos e irmãs. O respeito pelos pais impregna todo o ambiente familiar. «A coroa dos anciãos são os filhos dos seus filhos» (Pr 17, 6). «Suportai-vos uns aos outros na caridade, com toda a humildade, mansidão e paciência» (Ef 4, 2).

2220. Os cristãos, têm o dever de ser especialmente gratos àqueles de quem receberam o dom da fé, a graça do Baptismo e a vida na Igreja. Pode tratar-se dos pais, de outros membros da família, dos avós, dos pastores, dos catequistas, dos professores ou amigos. «Conservo a lembrança da tua fé tão sincera, que foi primeiro a da tua avó Lóide e da tua mãe Eunice, e que, estou certo, habita também em ti» (2 Tm 1, 5).

DEVERES DOS PAIS

2221. A fecundidade do amor conjugal não se reduz apenas à procriação dos filhos. Deve também estender-se à sua educação moral e à sua formação espiritual. O «papel dos pais na educação é de tal importância que é impossível substituí-los» (15). O direito e o dever da educação são primordiais e inalienáveis para os país (16).

2222. Os pais devem olhar para os seus filhos como filhos de Deus e respeitá-los como pessoas humanas. Educarão os seus filhos no cumprimento da lei de Deus, na medida em que eles próprios se mostrarem obedientes à vontade do Pai dos céus.

2223. Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos. Testemunham esta responsabilidade, primeiro pela criação dum lar onde são regra a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado. O lar é um lugar apropriado para a educação das virtudes, a qual requer a aprendizagem da abnegação, de sãos critérios, do autodomínio, condições da verdadeira liberdade. Os pais ensinarão os filhos a subordinar «as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais» (17). Os pais têm a grave responsabilidade de dar bons exemplos aos filhos. Sabendo reconhecer diante deles os próprios defeitos, serão mais capazes de os guiar e corrigir:
«Aquele que ama o seu filho, castiga-o com frequência [...]. Aquele que dá ensinamentos ao seu filho será louvado» (Sir 30, 1-2). «E vós, pais, não irriteis os vossos filhos: pelo contrário, educai-os com disciplina e advertências inspiradas pelo Senhor» (Ef 6, 4).
2224. O lar constitui o âmbito natural para a iniciação da pessoa humana na solidariedade e nas responsabilidades comunitárias. Os pais devem ensinar os filhos a acautelar-se dos perigos e degradações que ameaçam as sociedades humanas.

2225. Pela graça do sacramento do matrimónio, os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os filhos. Desde tenra idade devem iniciá-los nos mistérios da fé, de que são os «primeiros arautos» (18). Hão-de associá-los, desde a sua primeira infância, à vida da Igreja. A maneira como se vive em família pode alimentar as disposições afectivas, que durante toda a vida permanecem como autêntico preâmbulo e esteio duma fé viva.
 
2226. A educação da fé por parte dos pais deve começar desde a mais tenra infância. Faz-se já quando os membros da família se ajudam mutuamente a crescer na fé pelo testemunho duma vida cristã, de acordo com o Evangelho. A catequese familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de ensinamento da fé. Os pais têm a missão de ensinar os filhos a rezar e a descobrir a sua vocação de filhos de Deus (19). A paróquia é a comunidade eucarística e o coração da vida litúrgica das famílias cristãs: é o lugar privilegiado da catequese dos filhos e dos pais.

2227. Por sua vez, os filhos contribuem para o crescimento dos seus pais na santidade (20). Todos e cada um se darão, generosamente e sem se cansar, o perdão mútuo exigido pelas ofensas, querelas, injustiças e abandonos. Assim o sugere o afecto mútuo. E assim o exige a caridade de Cristo (21).

2228. Durante a infância, o respeito e o carinho dos pais traduzem-se, primeiro, no cuidado e na atenção que consagram à educação dos filhos, para prover as suas necessidades, físicas e espirituais. A medida que vão crescendo, o mesmo respeito e dedicação levam os pais a educar os filhos no sentido dum uso correcto da sua razão e da sua liberdade.

2229. Como primeiros responsáveis pela educação dos seus filhos, os pais têm o direito de escolher para eles uma escola que corresponda às suas próprias convicções. É um direito fundamental. Tanto quanto possível, os pais têm o dever de escolher as escolas que melhor os apoiem na sua tarefa de educadores cristãos (22). Os poderes públicos têm o dever de garantir este direito dos pais e de assegurar as condições reais do seu exercício.

2230. Ao tornarem-se adultos, os filhos têm o dever e o direito de escolher a sua profissão e o seu estado de vida. Devem assumir as novas responsabilidades numa relação de confiança com os seus pais, a quem pedirão e de quem de boa vontade receberão opiniões e conselhos. Os pais terão o cuidado de não constranger os filhos, nem na escolha duma profissão, nem na escolha do cônjuge. Mas este dever de discrição não os proíbe, muito pelo contrário, de os ajudar com opiniões ponderadas, sobretudo quando tiverem em vista a fundação dum novo lar.

2231. Há quem não se case para cuidar dos pais ou dos irmãos e irmãs; ou para se dedicar mais exclusivamente a uma profissão; ou ainda por outros motivos válidos. Esses podem contribuir muitíssimo para o bem da família humana.